quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Resenha – A Última Música

          Esse é o primeiro livro que eu leio do Nicholas Sparks. Não por falta de vontade, mas é que vários deles já foram adaptadados para o cinema e depois de ver o filme, eu desanimo um pouco de ler o livro, por isso, estou demorando tanto a assistir Dear John.
Outra restrição que eu tinha a esse livro era o fato de saber que no cinema, Ronnie seria interpretada pela Miley Cyrus (obrigada Thayná!) e eu não conseguiria vê-la de outra forma. Mas eu empurrei esse fato para debaixo do tapete e valeu muito a pena.


Título: A Última Música
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Aos dezessete anos, Verônica Miller, ou simplesmente Ronnie, vê sua vida virar de cabeça para baixo, quando seus pais se divorciam e seu pai decide ir para a praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Três anos depois, ela continua magoada e distante dos pais, particularmente do pai. Entretanto, sua mãe decide que seria melhor os filhos passarem as férias de verão com o pai na Carolina do Norte.                   O pai de Ronnie, ex-pianista, vive tranquilamente na cidade costeira, absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local. Ressentida e revoltada, Ronnie rejeita toda e qualquer tentativa de aproximação do pai e ameaça voltar para Nova York antes do verão acabar.
É quando Ronnie conhece Will, o garoto mais popular da cidade, e conforme vai baixando a guarda, começa a apaixonar-se profundamente por ele, abrindo- se para uma nova experiência que lhe proporcionará uma imensa felicidade – e dor – jamais sentida.
Independente do título do livro e das metáforas que Steve, pai de Ronnie faz a respeito da música, é impossível não comparar essa história a uma. Ele é como aquelas músicas em que o cantor começa cantando calmamente, até um pouco tímido, sem te dar muitos elementos e vai crescendo até parecer que não cabe tudo dentro dele e de repente vem uma exposão. Essas são minhas músicas favoritas. E Jon Bon Jovi faz isso como ninguém.
Não estou falando pela forma do Nicholas escrever, mas pela história mesmo. Ronnie é uma garota que sabe bem o que é certo e o errado e no fundo só faz o que faz de pirraça. Ela não passa de uma garota mimada que vai morar com o pai obrigada e para se manter afastada dele, acaba tendo um ou outro problema.
Nesse ponto, o leitor acha que a vida dela vai ser sempre isso, se meter em confusões e ter um pai compreensivo que vai tentar, apesar de tudo, esforçar-se para restabelecer, de forma piegas sua relação com a filha.
Mas é aí que a história começa a tomar voz e o leitor começa a nem ao menos se lembrar que até páginas atrás ela queria fugir de Wrightsville e voltar para NY porque Ashley tentou lhe envenenar contra Will, ou porque sua até então amiga Blaze aprontou para cima dela. Isso porque a vida grita para Ronnie de uma forma que nem ela nem ninguém espera. A realidade não cabe dentro de si mesma e vem para fora com a força de um desabafo. E então, todas as mentiras sob as quais sua vida – e de sua família – havia sido construída começam a vir à tona.
Antes Ronnie é o centro de uma história porque era mimada, porque queria sempre as coisas do seu jeito, porque odiava seu pai, se sentia abandonada e achava que tinha toda a razão do mundo para fazer o que quisesse de sua vida. Quando a vida começa a se apresentar para Ronnie, da forma mais dolorosa porssível ela começa a enxergar as pessoas a sua volta, apesar de, em alguns momentos, só compreender a sua dor.
Nicholas escreve de uma forma interessante, colocando a cada momento, a cada capítulo, o foco em um dos personagens (Will, Ronnie, Steve e Marcus) de forma que o leitor pode conhecê-los melhor e ir juntando as pontas da história.
De todos os personagens, meu preferido é o Pastor Harry. Eu sou católica, e isso não muda muito o fato de que eu tenho uma visão de Deus muito parecida com a do Pastor. Percebi isso quando o Pastor conta que conversa com Deus. Assim como ele, eu não gosto de usar orações prontas e converso com Deus o tempo todo.
Além disso, Nicholas perpassa a história nos mostrando valores como o amor, a amizade, o repeito e principalmente o perdão.
Para finalizar, porque a resenha já está bem grande, eu li o livro em uma noite, apesar das 382 páginas. A leitura é rápida, dinâmica, gostosa e você se envolve com os personagens, com a trama, amando e odioando certas pessoas e principalmente – no meu caso – chorando muito.



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